Sunday, 21 February 2010

Teatro - Rei Édipo



A história é conhecida, a tragédia estava prometida... e mesmo assim surpreendeu.


Jorge Silva Melo fez, mais uma vez, um óptimo trabalho e do previsto uma superação.



Destaque para a música e os efeitos "stereo" criados pelo Coro. O Diogo Infante foi talvez demasiado certinho e académico, faltando-lhe um pouco mais de esforço trágico, que foi plenamente conseguido por Virgílio Castelo.
A não perder de 4ª a Sáb. às 21h30 e Dom. às 16h, até 18 de Março no Teatro Nacional D. Maria II.






Escrita por Sófocles por volta de 427 a.C., Rei Édipo foi considerada por Aristóteles o mais perfeito exemplo de tragédia. No mito de Édipo, confrontamo-nos com as nossas perguntas sobre a identidade do poder, a ascensão e queda dos vitoriosos, a incerteza da vida, a relação entre o público e o privado, o desígnio do destino em oposição ao livre arbítrio.

Jorge Silva Melo apresenta uma nova versão desta tragédia que é uma das peças mais adaptadas e interpretadas em todo o mundo.


A peste atinge a cidade. E o Rei Édipo quer saber porquê. Juntam-se as gentes à porta do palácio. E o Rei vem ter com a multidão e diz:


Nas ruas,

há gemidos, cantos fúnebres, lamentos.
Mas chora o quê a nossa cidade?
Que esperais?



De pergunta em pergunta, de resposta em resposta, os enigmas vão caindo. Édipo quer saber. Quer saber que maldição paira sobre a sua cidade, quer saber quem é. Vai descobrir uma verdade tremenda. Esta é a tragédia do saber.



Rei Édipo

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